12h por dia, 7 dias por semana, R$ 936: como é pedalar fazendo entregas por aplicativo

Imagem: Julia Dolce/AgênciaPública

Por Renato Jakitas

“Samuel Marques sai às 9h do Capão Redondo para chegar ao trabalho, na Vila Olímpia, por volta das 10h. Vai de bicicleta, com uma caixa térmica de 45 litros nas costas e a meta de só voltar pra casa depois de colocar no bolso R$ 50 com entregas para os aplicativos em que está cadastrado: Rappi, iFood e Uber Eats.

“A gente não descansa”, diz o rapaz, que trabalha pelo menos 12 horas por dia e sete dias por semana. Ganha cerca de R$ 1 mil por mês com a jornada, já descontados os gastos com alimentação e um ou outro imprevisto do caminho, como um pneu furado. “Não me lembro da minha última folga desde que comecei a trabalhar com isso, um ano atrás. Toda as vezes que sento para assistir à televisão em casa, penso que poderia estar pedalando e fazendo algum dinheiro”, afirmou.

Samuel Marques é um entre os cerca de 30 mil entregadores ciclistas cadastrados nos aplicativos somente na capital paulista. O número dá a dimensão de uma atividade que, há um ano, passava quase despercebida em São Paulo. Hoje, os ciclistas com caixas nas costas tomam as paisagens dos centros comerciais nas horas de pico da fome – das 12h às 15h e das 19h às 22h –, além de serem presença constante em calçadas próximas a shopping centers, restaurantes ou supermercados nos fins de semana.”

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Fonte: Estadão
Data: 15/09/2019

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