Livro | O trabalho em territórios periféricos: estudos em três setores produtivos

Imagem: Divulgação

Coordenador: Jacob Carlos Lima | Editora Annablume

Descrição

O objetivo deste livro é discutir mudanças no trabalho nas últimas décadas a partir de suas configurações territoriais. Essas configurações são as manifestações espaciais das transformações capitalistas que conhecemos hoje como flexíveis, seja das formas de produção, de distribuição, de consumo e da utilização da força de trabalho. Essa flexibilidade significou a abertura de mercados, deslocamentos da produção globalmente, mudanças radicais na utilização da força de trabalho e sua mobilidade em dimensões nunca vistas. Dessa forma, ao discutirmos o trabalho em suas manifestações locais, estamos nos referindo a processos mais amplos de mobilidades do capital e do trabalho, que o ressignificam.

Buscamos fazer um recorte comparativo Sudeste-Nordeste, definindo lugares representativos dos processos de mudanças na produção, considerando a variável “lugar” como fundamental para a sua compreensão. Em outros termos, partimos da consideração de que não é possível entender o capitalismo contemporâneo sem conhecer o local (em suas várias dimensões) e o modo como este se insere nos fluxos de uma economia globalizada.

Os setores produtivos selecionados foram o de Tecnologia da Informação (TI), o automotivo e o setor de confecções, em duas regiões do país: Sudeste (São Paulo) e Nordeste (Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte). Esse recorte empírico possibilitou analisar diferenças e similitudes considerando o tipo de atividade que nelas se realizam e as formas organizacionais e jurídicas em que estão engajadas, num continuum no qual se mesclam extremos: 1) sweatshops ou oficinas de confecções, historicamente precárias e fortemente presentes nas hierarquias comerciais; 2) operários da indústria automobilística, representação de um modelo fordista em declínio em termos, numéricos, de qualificação, de salários e de organização sindical; e 3) trabalhadores do conhecimento vinculados às novas tecnologias, os trabalhadores digitais da produção de software que, em tese, trabalhariam no “espaço virtual” do digital, no qual o físico perderia importância.

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Fonte: Editora Annablume

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