Sadi Dal Rosso: um merecido reconhecimento ao imprescindível

Greve das Universidades Públicas Federais, 1989 (UnB)

Por Erlando da Silva Rêses*, em Espaço Professorado | ADUnB

O prof. Sadi é destes que Bertolt Brecht bem expressou em suas verves poéticas: “Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis

Conheço Sadi desde os idos dos anos de 1990, quando ainda era estudante de graduação em Sociologia na UnB. Ele exerceu com maestria a profissão de professor. Recordo-me que ele pedia para refazer algum trabalho para qualificar a escrita acadêmica porque primava pela produção do conhecimento científico. Foi assim comigo quando lhe entreguei um texto na disciplina de Métodos Sociológicos. Na pós–graduação exercia o contato com orientandos (as) com esmero, ao ponto da orientação ser um momento prazeroso, muitas das vezes, regado por um apetitoso almoço ou tomando um café pelo campus ou arredores, sempre com a devida rigorosidade. Ele sendo muito acolhedor e afável, nos convidava para momentos festivos e comemorativos em sua residência, sempre com boa comida, boa música e boas companhias. Não é diferente hoje em dia, só não continuo vendo o Sadi diariamente pelo Campus, contudo o encontro noutras paragens, como na produção de livros e nas reuniões e eventos do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (GEPT) e da Rede Internacional de Pesquisadores e Pesquisadoras em Associativismo e Sindicalismo de Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (Rede ASTE)[1]. Esta Rede foi fundada em 2009, a partir dos esforços de pesquisadores(as) da Universidade de Brasília (Sadi Dal Rosso, Erlando da Silva Rêses e Hélvia Leite Cruz) e do Rio de Janeiro (Julián Gindin) e logo se expandiu para países como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Estad

Conheço Sadi desde os idos dos anos de 1990, quando ainda era estudante de graduação em Sociologia na UnB. Ele exerceu com maestria a profissão de professor. Recordo-me que ele pedia para refazer algum trabalho para qualificar a escrita acadêmica porque primava pela produção do conhecimento científico. Foi assim comigo quando lhe entreguei um texto na disciplina de Métodos Sociológicos.  Na pós–graduação exercia o contato com orientandos (as) com esmero, ao ponto da orientação ser um momento prazeroso, muitas das vezes, regado por um apetitoso almoço ou tomando um café pelo campus ou arredores, sempre com a devida rigorosidade.  Ele sendo muito acolhedor e afável,  nos convidava para momentos festivos e comemorativos em sua residência, sempre com boa comida, boa música e boas companhias.  Não é diferente hoje em dia, só não continuo vendo o Sadi diariamente pelo Campus, contudo o encontro noutras paragens, como na produção de livros e nas reuniões e eventos do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (GEPT) e da Rede Internacional de Pesquisadores e Pesquisadoras em Associativismo e Sindicalismo de Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (Rede ASTE)[1]. Esta Rede foi fundada em 2009, a partir dos esforços de pesquisadores(as) da Universidade de Brasília (Sadi Dal Rosso, Erlando da Silva Rêses e Hélvia Leite Cruz) e do Rio de Janeiro (Julián Gindin) e logo se expandiu para países como  Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Estados Unidos, Portugal, França, Suíça e Hungria (DAL ROSSO, 2011).

Percebe-se que o Materialismo Histórico-Dialético foi/é exercido pelo professor Sadi naquilo que é a sua essência, ou seja, vinculado a uma concepção de vida e de mundo pela práxis. É fácil de perceber a aproximação da sua vida acadêmica com o contexto socioeconômico, político e sindical, fazendo jus ao título honorífico de professor emérito, que é conferido por ser ilustre, com grande competência e conhecimento em sua área de atuação (convite em anexo).

Foi assim quando fez o registro do Andes-SN como sindicato em 1990, quando era presidente da entidade. No Sindicato Nacional ele ajudou a criar a destacada Revista Universidade e Sociedade, em 1991.[2]

Sadi assina o registro sindical da Andes-SN, 1990

Os verbos estão usados no passado para fazer referência à memória dos fatos, contudo servem para o presente porque o professor Sadi continua sendo muito ativo na vida acadêmica, política e no combate às assimetrias sociais. Hoje ele também é membro do coletivo Andes de luta e pela (ALB) na UnB.

A luta pela democracia fez parte do início de sua carreira, mas também faz parte até hoje.

Resultado do segundo turno das eleições de 2022

Sadi, parabéns pelo título de professor emérito da UnB


[1] Conferir página da Rede ASTE em: https://redeaste.irice-conicet.gov.ar/ acesso em 26 jan 2023.

[2] Números digitalizados e disponíveis em www.andes.org.br. Acesso em 26 jan 2023.

Referência

DAL ROSSO, Sadi (org.). Associativismo e Sindicalismo em Educação – organização e lutas. Brasília: Editora Paralelo 15, 2011.

*Erlando da Silva Rêses é Prof. da FE/UnB e coordenador do Coletivo Andes de Luta e pela Base (ALB) da UnB

Fonte: Espaço Professorado | ADUnB

Data original do documento 01/02/2023

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