Confira a edição atual da revista – Volume 16 — nº 2
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Confira a edição atual da revista – Volume 16 — nº 2
A Revista da ABET, periódico mantido pela Associação Brasileira de Estudos (ABET), tem como objetivo veicular estudos sobre o mundo do trabalho. Dada a abrangência e complexidade dessa temática, a compreensão dos distintos aspectos relacionados ao tema exige que os estudos e pesquisas contenham contribuições de pesquisadores de diferentes áreas, tais como Economia, Sociologia, Ciência Política, Direito, História, Administração, Educação, Engenharia, Geografia, Demografia, Ciências da Saúde, entre outras. Requer, ao mesmo tempo, que a construção das abordagens teórico-metodológicas e empíricas caminhe na direção da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. A Revista da ABET foi lançada em 2001 com periodicidade semestral. É avaliada como B2 na área de Sociologia, B3 nas áreas de Economia e Serviço Social, (B4) Interdisciplinar e Geografia, B4 nas de Ciência Política e Relações Internacionais e Engenharias III. Está indexada nas seguintes bases: DOAJ, Latindex, EBSCO, DRJI, Portal de Periódicos da CAPES.
Apresentação Volume 16 — nº 2
A Revista da ABET abrange uma ampla diversidade de temas e publica artigos com diferentes abordagens metodológicas. A presente edição apresenta o dossiê “Trabalho, família e migrações”, organizado por Jaime Santos Junior, Marta Regina Cioccari e Kimi Aparecida Tomizaki, que fizeram um trabalho cuidadoso e competente de seleção e organização do presente número. A partir de diferentes campos do conhecimento e metodologias, esse número contempla o tema do trabalho, família e migrações na contemporaneidade, a partir de abordagens e metodologias qualitativas e quantitativas.
No primeiro artigo, intitulado “Trabalho e mobilidade: uma biografia familiar e seus contextos socioculturais”, os/as autores/as realizam uma pesquisa etnográfica contendo a biografia familiar desenvolvida por trabalhadores de Caruaru e Pernambuco, trazendo as experiências de migração e os contextos culturais nos quais vivem as respectivas famílias estudadas. O artigo contribui para a discussão do papel da mobilidade geográfica para as famílias trabalhadoras.
O segundo artigo chamado “Grito mudo: a narrativa de uma congolesa que buscou no refúgio a sobrevivência, a paz e a dignidade”, com base na narrativa de uma congolesa que chegou ao Brasil há três anos, delineia a trajetória de vida de uma refugiada no país. As razões da saída de seu país e as condições de vida e trabalho são elementos que contribuem para a reflexão sobre os problemas da imigração contemporânea.
No terceiro artigo, “Juventude, militância e migração no processo de estruturação do MST no nordeste brasileiro (1985-1995)”, a autora analisa a trajetória de jovens militantes que migraram do Sul para o Nordeste com a finalidade de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Neste artigo, a autora discute a categoria juventude rural, analisando o sentido da militância e da migração, bem como os desdobramentos dessa dinâmica para suas famílias.
No quarto artigo, chamado “Novas perspectivas das licenças maternidade e paternidade a partir da homoparentalidade”, o autor discute a dimensão da licença maternidade/paternidade a partir das novas entidades familiares constituídas por casais homoafetivos, refletindo sobre a não conformação com os papéis tradicionalmente atribuídos de acordo com o gênero.
No quinto artigo, “O contexto social como determinante do trabalho precoce no Ceará”, o/as autor/as analisam as razões do trabalho precoce no Ceará, estabelecendo a relação entre o trabalho precoce com as condições sociais das crianças. O tamanho da família e se chefiadas por mulheres são variáveis que implicam em uma maior probabilidade de uma inserção prematura de crianças no mercado de trabalho.
No sexto artigo, “Entre a Bahia e São Paulo: narrativa feminina sobre migração e trabalho doméstico”, a autora apresenta a história da vida de uma mulher migrante do Nordeste do Brasil, que, tendo iniciado o trabalho no sertão da Bahia, torna-se, posteriormente trabalhadora doméstica na cidade de São Paulo e mais tarde inicia o trabalho em uma usina de álcool no interior de São Paulo.
No sétimo artigo, chamado “Uma análise dos determinantes do trabalho de crianças e adolescentes nos estados de Sergipe e Santa Catarina”, o/as autor/as analisam os determinantes e as motivações do trabalho infanto-juvenil em duas regiões geograficamente distintas: Sul e Nordeste. Demonstram que nessas regiões o trabalho de crianças e adolescentes apresentam relação estreita com a informalidade e com baixos níveis educacionais. Identificam, contudo, uma diferença em relação a Santa Catarina, na medida em que as crianças tendem a conciliar trabalho e escola.
No oitavo artigo, intitulado “Fora da escola e do mercado de trabalho: o jovem “nem-nem” no estado do Rio de Janeiro”, as autoras investigam a evolução e o perfil dos indivíduos de 15 a 29 anos que não estudam e não trabalham no Rio de Janeiro, no período que compreende o início e o final dos anos 2000. O artigo demonstra que o fato de ser mulher, com baixa escolaridade e residir na Baixada Fluminense contribuem para a condição de nem estudar e nem trabalhar.
E por fim, no último artigo “Manisfestações concretas da economia solidária: o caso do projeto Esperança/Cooesperança de Santa Maria – RS”, as autoras analisam a experiência da economia solidária a partir de um Projeto Esperança/ Cooesperança, de Santa Maria/RS, cuja trajetória se expressa em uma história de 30 anos. Oriundos do trabalho social, tal projeto contribui não apenas para gerar renda, como também satisfação de seus membros.
Boa leitura!
Os Editores
Maria Aparecida Bridi
Marcelo Weishaupt Proni
Marco Aurélio Santana
Ivan Targino Moreira
Dossiê: Trabalho, Famílias e Migrações
Introdução – Dossiê Trabalho, Famílias e Migrações Jaime Santos Júnior, Marta Cioccari, Kimi Tomizaki
TRABALHO E MOBILIDADE: UMA BIOGRAFIA FAMILIAR E SEUS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS Cícera Eugênia de Oliveira, José Mário de Oliveira, Eugênio Mário de Oliveira, Wecisley Ribeiro do Espirito Santo
GRITO MUDO: A NARRATIVA DE UMA CONGOLESA QUE BUSCOU NO REFÚGIO A SOBREVIVÊNCIA, A PAZ E A DIGNIDADE Jadna Rodrigues
JUVENTUDE, MILITÂNCIA E MIGRAÇÃO NO PROCESSO DE ESTRUTURAÇÃO DO MST NO NORDESTE BRASILEIRO (1985-1995) Rose Elke Debiasi
NOVAS PERSPECTIVAS DAS LICENÇAS MATERNIDADE E PATERNIDADE A PARTIR DA HOMOPARENTALIDADE Jonatha Rafael Pandolfo
O CONTEXTO SOCIAL COMO DETERMINANTE DO TRABALHO PRECOCE NO CEARÁ Juliane da Silva Ciríaco, Celina Santos de Oliveira, Otoniel Rodrigues dos Anjos Júnior
ENTRE A BAHIA E SÃO PAULO: NARRATIVA FEMININA SOBRE MIGRAÇÃO E TRABALHO DOMÉSTICO Leilyane Souza Leão
UMA ANÁLISE DOS DETERMINANTES DO TRABALHO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS ESTADOS DE SERGIPE E SANTA CATARINA Talita de Souza Mota, Marco Antonio Jorge, Christiane Senhorinha Soares Campos
FORA DA ESCOLA E DO MERCADO DE TRABALHO: O JOVEM “NEM-NEM” NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Maria Alice Pestana de Aguiar Remy, Daniela Verzola Vaz
MANIFESTAÇÕES CONCRETAS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA: O CASO DO PROJETO ESPERANÇA/COOESPERANÇA DE SANTA MARIA -RS Rita Inês Paetzhold Pauli, Kalinca Léia Becker, Bibiana Rosa