A conexão entre Aspirina, chocolate Bis e trabalho escravo

Imagem: Ministério do Trabalho

Por Marques Casara| Brasil de Fato

“Carnaúba é um tipo de palmeira que só existe no Brasil, principalmente nos estados do Piauí e do Ceará. De suas folhas é extraída uma cera usada em várias aplicações da indústria farmacêutica e dos setores de cosméticos e alimentos. A cera de carnaúba é um dos melhores produtos conhecidos, por exemplo, para conter umidade. 

A Aspirina contém cera de carnaúba brasileira. Se você masca chiclete Bubbaloo ou come chocolate Bis (fabricados pela Mondelez), eles também levam carnaúba. O problema é que essa carnaúba, que ajuda e curar sua dor de cabeça ou te dar o prazer de comer um chocolate, é produzida por trabalhadores escravos.

No setor farmacêutico, as empresas que se beneficiam do trabalho escravo na cadeia produtiva da carnaúba são: Bayer (dona da Aspirina), Merck, Novartis, Pfizer e Janssen. Um ou mais medicamentos dessas empresas usam carnaúba do trabalho escravo. O produto vem de locais onde homens e mulheres ainda são tratados como porcos, literalmente. Dormem em chiqueiros, não têm banheiro, não têm água potável. São escravos a serviço de indústrias bilionárias. 

É simbólico que a Aspirina, um dos medicamentos mais vendidos na história, tenha trabalho escravo em sua composição. Porque trabalhadores escravos, ao contrário do que muita gente pensa, continuam a ser explorados pelas maiores indústrias do mundo. O Brasil ainda é um repositório de escravos para indústrias europeias e norte-americanas. Muitos trabalhadores brasileiros aceitam ser escravos para não morrer de fome.”

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Fonte: Brasil de Fato
Data original de publicação: 11/11/2019

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