Por que economia e política puxam Brasil para baixo em ranking de igualdade de gênero e quais são as soluções para isso
“A mulher trabalha mais. E ela dorme menos, porque acorda mais cedo para prover a família dos recursos que ela precisa para o dia. Ela leva os filhos para a escola. É responsável pela roupa e pelos cuidados que essa criança precisa ter. Ela também cuida da saúde familiar, e às vezes cuida dos idosos da família. Tem pouco tempo de se voltar para os estudos. Geralmente, se divide o trabalho, divide com outra mulher mais do que divide com um homem. A mulher tem toda uma jornada sobrecarregada que não cessa até a hora de dormir.”
Por Juliana Gragnani
A descrição acima foi feita por Lúcia Xavier, assistente social e coordenadora da organização de mulheres negras Criola, no Rio, quando questionada sobre a desigualdade de gênero na economia e política do Brasil.
Um relatório anual sobre igualdade de gênero no mundo do Fórum Econômico Mundial, divulgado nesta semana, calcula que, para eliminar a desigualdade de gênero no mundo, mantendo o ritmo atual, serão necessários 99,5 anos. Houve uma pequena melhora: o tempo calculado anteriormente era de 108 anos.
Por causa de uma realidade como o cenário descrito por Xavier, o estudo colocou o Brasil na 92ª posição entre 153 países analisados em relação à igualdade de gênero. Os primeiros colocados têm mais igualdade -no caso, os nórdicos Islândia, Noruega e Finlândia- e os últimos, menos -Paquistão, Iraque e Iêmen.
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Fonte: BBC News
Data original de publicação: 22/12/2019