Trabalho e violência doméstica em tempo de coronavírus

Imagem: Pixabay

Por Núcleo de Acompanhamento de Políticas para as Mulheres

Não há como tratar a crise sanitária, social e econômica sem identificar os efeitos diferenciados sobre mulheres e homens, especialmente entre aquelas que se encontram em condição de maior vulnerabilidade social. Com a crise há uma intensificação do trabalho das mulheres, sobretudo, o trabalho não remunerado.

Além disso, o desemprego afeta primeiramente os trabalhos mais precários e altamente feminizados, como o emprego doméstico, o comércio e os serviços. Esses contextos também são marcados por profundos retrocessos nos avanços pela igualdade, em que se acentua ainda mais o desequilíbrio nas responsabilidades entre mulheres e homens e pelo crescimento da violência doméstica, do estupro e do feminicídio.

A crise sanitária encontrou o Brasil em um quadro de profunda estagnação econômica, elevado desemprego, crescimento da informalidade, retorno da pobreza e extrema pobreza e intensificação das desigualdades. As mulheres são 52% da população e não há como não serem as mais afetadas pela crise sanitária e sob diferentes perspectivas: por um lado, no ambiente da casa, que se converte no centro das rotinas diárias e também onde vão se intensificar as exigências sobre as mulheres com os cuidados e as tarefas domésticas.

O isolamento social coloca as mulheres em uma situação de maior vulnerabilidade diante da violência doméstica, do estupro e do feminicídio, os primeiros dados divulgados sugerem um crescimento da violência doméstica durante o isolamento social de mais de 50%. Por outro lado, as mulheres são maioria entre as profissionais da saúde, a primeira linha de resposta à pandemia e, portanto, mais expostas a contaminação.

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