Pagar R$ 600 só por mais dois meses é largar trabalhadores no auge da crise

Imagem: Tânia Rego/Agência Brasil

Por Leonardo Sakamoto | Blog do Sakamoto

“O anúncio da extensão por apenas mais dois meses do auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais durante a pandemia aconteceu no mesmo dia em que o IBGE divulgou que dos quase 7,8 milhões de postos de trabalho perdidos no trimestre encerrado em maio, em comparação àquele que terminou em fevereiro, 5,8 milhões eram de informais.

No total, são 65 milhões que recebem essa renda básica e que, portanto, ficarão ao relento após esse período. Infectologistas e economistas dizem que a nossa vida não volta ao normal em dois meses.

Daqueles que ficaram sem emprego e estavam fora do sistema de proteção trabalhista, 2,4 milhões eram empregados do setor privado sem carteira assinada, 923 mil trabalhadoras domésticas também sem carteira, 2,2 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, 101 mil empregadores sem CNPJ de acordo com a PNAD Contínua.

Ou seja, pessoas sem possibilidade de se beneficiar da suspensão do contrato de trabalho durante a crise, mas também de acessar um seguro-desemprego, um FGTS ou um abono-salarial a fim de amenizar o impacto. E que, caso se machuque no trabalho, caindo da moto, por exemplo, não tem direito a uma pensão pelo INSS enquanto convalesce em casa. Por conta disso, esse grupo se tornou extremamente dependente dos R$ 600.”

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Fonte: Blog do Sakamoto
Data original de publicação: 30/06/2020

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