“A banalização da injustiça social”, de Christophe Dejours.
A obra do considerado pai da psicodinâmica do trabalho, Christophe Dejours, traz uma reflexão acerca do trabalho dentro do contexto moderno de produção capitalista. O questionamento inicial é: “por que uns aceitam infligir sofrimento a outros enquanto estes consentem em padecer o sofrimento?”.
“O autor se indaga: ‘Serão as leis econômicas o resultado de leis inexoráveis ou elas são muito mais o fruto da construção de homens e mulheres?’. É essa última perspectiva que orienta a sua investigação sobre o aumento da tolerância para com a injustiça, nos últimos anos. Opondo-se àqueles que explicam esse fenômeno pela falta de uma ideologia substitutiva ao economicismo, Dejours defende a ideia de que o crescimento da tolerância para com o intolerável, é o resultado da cumplicidade da sociedade como um todo com as teses economicistas”. (LIMA, 2001).
Fonte: Repositório da Universidade Federal do Ceará.
Acesse aqui resenha escrita pela Prof.ª Maria Helena T. De Almeida Lima, Doutora em Serviço Social pela PUC-SP. Professora Adjunta da Faculdade de Serviço Social, publicada no Repositório da UFC.
Do mesmo autor, recomendamos também a leitura da obra “A loucura do trabalho: um estudo da psicopatologia do trabalho”.