A pressão para amar o trabalho vai acabar com nossos hobbies?
Por Luiza Pollo
“Criar uma marca nunca foi tão fácil. Com acesso à internet e a um celular, você pode abrir uma página no Instagram e começar a vender qualquer coisa. Pode ser o brigadeiro que faz bem, as blusinhas que aprendeu a customizar com sua avó ou até mesmo sua personalidade — monetizada, por exemplo, por blogueiros e influenciadores. Não quer dizer que vá dar certo, mas é inegável que a divulgação não exige muito.
Com toda essa facilidade, surge uma nova pressão: por que não transformar seus hobbies em dinheiro?
Em inglês, essa pressão já tem nome: hustle culture. É a ideia de que, se você não está sendo produtivo, está perdendo tempo e dinheiro. E, além de estar sempre ocupado, é claro que é essencial postar no Instagram: já são quase 22 milhões de fotos com a hashtag #hustle na rede social.
Claro que é ótimo gostar do que se faz e trabalhar duro. O problema é a romantização do excesso. O burnout, síndrome caracterizada pelo esgotamento mental causado por estresse crônico no trabalho, virou carimbo no trabalho dos millennials (…) e passou a ser considerado em 2019 um fenômeno ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Suzana da Rosa Tolfo, professora do curso de Psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em relações de trabalho, afirma que há uma forte ligação entre idealização da profissão e adoecimento. ‘Quando o trabalho é excessivamente central na vida da pessoa, tende a levar ao adoecimento, porque os fatores estressores do trabalho podem exceder a possibilidade de ela reagir’, diz a especialista.”
Clique aqui e confira a matéria completa.
Fonte: UOL
Data original de publicação: 26/11/2019