A rua do desemprego em São Paulo, onde esperança e desalento se encontram
Na rua do desemprego no centro de São Paulo, você pode até tropeçar em uma delas sem querer, a “caixinha da esperança” no calçadão de pedras portuguesas. Os recipientes de plástico, espalhados pela Barão de Itapetininga, fazem um convite a quem não tem um salário à vista: coloque seu currículo aqui.
Por Leandro Machado
Daí para frente, surge um fio de possibilidades: um recrutador pode pescar sua ficha, encontrar um serviço perfeito para você e, de repente, te chamar para uma entrevista. Nunca se sabe.
Não é que a Barão e suas caixas ofereçam empregos garantidos, daqueles em que é só chegar, assinar uns papéis e começar na segunda-feira — dizem que até já foi assim nos anos 80. Mas o fato é que historicamente essa rua é uma espécie de Meca para parte dos paulistanos pobres, sem serviço e sem grandes qualificações.
De um lado os desempregados e, do outro, uma dúzia de agências oferecendo trabalhos que não exigem lá muita formação.
Parte dessas empresas é representada pelos chamados plaqueiros, homens e mulheres cuja única função é ficar sentado no meio da rua, segurando cartazes com anúncios de vagas e recebendo os currículos nas caixas de plástico.
Fonte: BBC News
Data original de publicação: 16/12/2019