Apesar dos avanços, desigualdade racial de rendimentos persiste
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
DIEESE divulga estudos especiais sobre desigualdade racial no mercado de trabalho em referência ao Dia da Consciência Negra
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) lançou hoje, 19 de novembro, dois materiais importantes em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Os estudos destacam as persistentes desigualdades raciais no mercado de trabalho brasileiro, evidenciando os desafios enfrentados pela população negra no acesso a rendimentos e posições de liderança.
Principais dados apresentados:
Boletim “Apesar dos avanços, desigualdade racial de rendimentos persiste”
- O rendimento médio dos negros é 40% inferior ao dos não negros.
- Trabalhadores negros com ensino superior ganham, em média, 32% a menos do que os não negros com o mesmo nível de escolaridade, refletindo um avanço pouco significativo após a implementação da Lei de Cotas.
- Durante a vida laboral, negros recebem em média R$ 899 mil a menos do que não negros; entre aqueles com ensino superior, a diferença ultrapassa R$ 1,1 milhão.
- Apenas um em cada 48 homens negros ocupados está em um cargo de liderança, enquanto, entre os não negros, a proporção é de um para 18.
- Nas 10 profissões mais bem remuneradas, apenas 27% dos trabalhadores são negros, enquanto 70% das ocupações com os menores rendimentos são ocupadas por essa população.
- Uma em cada seis mulheres negras trabalha como empregada doméstica. Entre as domésticas sem carteira assinada, o rendimento médio é R$ 461 inferior ao salário mínimo.
Infográfico: “A inserção da população negra no mercado de trabalho – Brasil e regiões”
Utilizando dados do segundo trimestre de 2024 da Pnad Contínua (IBGE), o material apresenta uma análise detalhada da presença da população negra no mercado de trabalho em diferentes regiões do país.
Fonte: DIEESE
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Data original de publicação: Nov 19 2024