Auxílio emergencial de R$ 600 não será suficiente para sustento das famílias

Imagem: Pixabay

Por Rádio USP

“Precariedade do trabalho, indicadores sociais e aumento do contágio com a gravidade dos casos do novo coronavírus estão relacionados. Historicamente presente no Brasil, a problemática da desigualdade social se agrava neste momento de pandemia. O Jornal da USP no Ar conversou sobre o tema com a professora Ana Carolina de Aguiar Rodrigues, do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. 

De acordo com a pesquisadora, “diante de toda situação atual, o isolamento social é necessário e muito recomendado. Temos que olhar para as pessoas que sabem sobre isso e gostariam de estar em quarentena em casa [mas não podem]. No Brasil, diferente de outras realidades e contextos, falar dessas medidas é também passar por questões socioeconômicas”, explica Ana Carolina. Ela ressalta que este aspecto deveria moldar as diretrizes e ações a serem tomadas pelos governos no País.

Segundo ela, há 47 milhões de pessoas em ocupações que são instáveis no mercado de trabalho, além dos 4,4 milhões de empregadores que são pequenos empresários e comerciantes, e 6,2 milhões de trabalhadores domésticos. Juntos, eles representam o grupo mais vulnerável neste momento, são os que não conseguem ficar em casa. “O que acontece é que essas pessoas precisam escolher entre ficar em casa e se proteger ou irem trabalhar para sobreviver.””

Confira a entrevista completa realizada pela Rádio USP

Fonte: Jornal da USP/ Rádio USP
Data original de publicação: 08/04/2020

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