Boletim de Conjuntura DIEESE n. 31
Por DIEESE
“Em 2022, o país definirá mais uma vez o rumo que vai seguir. Pode ir pelo caminho da destruição ambiental, da redução dos direitos sociais, do sucateamento das instituições e do abandono da civilidade ou retomar a direção do desenvolvimento econômico e social, da proteção ambiental e da promoção da dignidade humana.
A situação brasileira no final de 2021 é dramática: um país devastado não apenas pela pandemia e omissão do governo federal no combate à covid-19, mas pela política econômica que aprofundou a desigualdade social e aumentou a pobreza. A inflação crescente tem impacto maior para as pessoas de menor renda e, no mercado de trabalho, o desemprego é alto e as ocupações criadas são informais, de modo que o mercado consumidor interno não tem força para promover um crescimento sustentado da economia.
A performance recente do Produto Interno Bruto (PIB) é desanimadora, acumulando dois trimestres de queda: o terceiro trimestre de 2021 variou -0,1% em relação ao segundo, que já havia caído -0,4% em relação aos três primeiros meses do ano. A formação bruta de capital fixo, isto é, o investimento em máquinas e equipamentos, caiu 3,0% no segundo trimestre e ficou praticamente estagnada no terceiro (-0,1 %). Além desses, outros indicadores apontam que 2022 será mais um ano de dificuldades na economia brasileira e no mercado de trabalho, com desemprego e perda do poder de compra dos salários, causada pela inflação. (…)”
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Fonte: DIEESE
Data original da publicação: 16/12/2021