Boletim Especial | 1º de Maio – Dia do Trabalhador

Imagem: rawpixel | Freepik

Por DIEESE

Introdução

Neste 1º de maio, as trabalhadoras e os trabalhadores já respiram um novo ar, mais leve, mais democrático, com perspectiva de diálogo e pacto social, de reconstrução e de crescimento econômico com desenvolvimento.

Desde 2016 o país tem enfrentado inúmeras dificuldades: viveu um impeachment, o desmonte de políticas sociais que haviam sido adotadas por governos anteriores, uma reforma Trabalhista e uma Previdenciária feita à revelia dos trabalhadores e sem diálogo com a sociedade, e, para piorar, desde 2019, quatro anos de um (des)governo, que coincidiu com a pandemia de coronavírus e uma crise sanitária de grandes proporções. Como resultado, o Brasil deu muitos passos para trás, viveu-se um revés econômico como há muito não visto na história do país, retornando ao Mapa da Fome, com elevação da desigualdade social e da pobreza. Águas passadas, o momento agora é de reconstrução.

Os trabalhadores e trabalhadoras se unem pela defesa e consolidação da democracia e por outras reivindicações necessárias ao desenvolvimento do país. Na pauta unificada das Centrais estão listados temas como o fortalecimento das negociações coletivas; o fim dos juros extorsivos; a política de valorização do salário mínimo; a revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista; a igualdade de salários, com base na Convenção 156 (OIT), a regulamentação do trabalho por aplicativo e a valorização das empresas públicas.

São reinvindicações importantes e que pretendem colaborar com a reconstrução do país em direção a um Brasil democrático que, sob o comando do Estado, cresce e se desenvolve.

Nesses quatro meses do novo governo, as ações empreendidas e as políticas adotadas se voltam para a reversão do quadro que se formou nos últimos anos e conta com a presença constante dos representantes dos trabalhadores e trabalhadoras nos espaços de negociação que estão sendo constituídos. Tem sido assim na formulação da política de valorização do salário mínimo, na qual a participação das Centrais Sindicais é imprescindível; na atuação para a retirada de várias empresas públicas da lista de privatizações; e para a aprovação do Projeto de Lei 1085/23 que garante igualdade de remuneração entre homens e mulheres. Mas o caminho é longo e os dados de 2022 ainda indicam alta informalidade nos empregos, baixos salários e necessidade de crescimento.

O mercado de trabalho ainda patina, mas agora é o momento de fortalecer a negociação coletiva e a representação dos trabalhadores, com a revisão da reforma trabalhista, e de realizar ações que promovam o crescimento da renda do trabalho.

Clique aqui e leia o boletim na íntegra

Fonte: DIEESE

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