“Camelôs globais ou de tecnologia: novos proletários da acumulação”, de Bruno Durães

Sinopse extraída da produção:

Nesta obra, Bruno Durães debate o conceito de informalidade que engloba os vendedores de rua (“camelôs”) e nas transformações que acontecem sobre eles devido às mudanças recentes na dinâmica do capitalismo globalizado. A pesquisa foi realizada no Camelódromo da Rua Uruguaiana, na cidade do Rio de Janeiro, onde o autor teve acesso aos trabalhadores a que ele denominou de “camelôs tecnológicos” ou “camelôs globais”, que vendem produtos tecnológicos nas ruas, falsificados ou não, produzidos em grandes empresas globalizadas.

O professor Bruno Durães, que é membro do Colegiado de Licenciatura em Ciências Sociais e do Mestrado em Serviço Social da UFRB e integrante da Associação Brasileira de Ensino em Ciências Sociais (Abecs), publicou esse livro com resultados da sua tese de doutorado em Ciências Sociais na Unicamp (com dados de 42 questionários aplicados com trabalhadores/as do camelódromo), que foi concluída em 2011 sob orientação da Professora Angela Araújo. Cabe também informar que o professor Durães é pesquisador do CRH UFBA e membro da Abet. Por fim, destaca-se que essa pesquisa se torna um marco sobre esse assunto por revelar uma forma reconfigurada do trabalho de rua no Brasil, sobretudo por evidenciar uma “lógica e estilo” de trabalho capitalista sendo feito no lugar tradicional do trabalho informal. Ficou também revelado parte da dinâmica do “trabalhador gratuito para o capital”, como evidência o autor, em que a informalidade passa a ser parte integrante e constitutiva da acumulação de riquezas, mas tudo isso sendo feito no lugar informal e contraditório das ruas das grandes cidades brasileiras, passando a existir um camelô que é, ao mesmo tempo, camelô e empresário, existindo agora uma diferenciação entre o camelô funcionário e o proprietário, em que impera a lógica do negócio e não a velha lógica tradicional do arranjo laboral familiar.

O livro coloca em tela, portanto, a denominada “nova informalidade” com trabalhadores com maior escolaridade, maiores rendas e com qualificações prévias.

Fonte:
DURÃES, Bruno. Camelôs globais ou de tecnologia: novos proletários da acumulação. Salvador: EDUFBA; Fapesb 2013.

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