Coronavírus: Justiça demanda que Uber Eats proteja saúde de entregadores
Por Leonardo Sakamoto| Uol
“Isso aí não pega em motoboy.” O presidente do Sindimoto (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxista Intermunicipal de São Paulo), Gilberto dos Santos, relatou ao Ministério Público do Trabalho a situação de desinformação de parte dos entregadores de comida em relação à pandemia de coronavírus. De acordo com ele, há trabalhadores da categoria afirmando que não acreditam na existência do vírus ou em sua letalidade.
Além de causar graves danos à saúde de quem traz comida à nossa casa, a falta de acesso à informação de qualidade e de medidas de proteção individuais acaba transformando-os em vetores de difusão da infecção. Por conta disso, o MPT vem ajuizando ações civis públicas contra empresas de plataformas de entregas para que adotem ações para proteger os entregadores sentido e garantir remuneração aos que tiverem que se afastar.
Atendendo a uma dessas acões, a Justiça do Trabalho determinou, na terça (14), que a Uber Eats garanta, no prazo de três dias, orientação a esses profissionais e aos restaurantes que usam seus serviços sobre como se proteger do coronavírus. Também demandou a distribuição de álcool gel ou a disponibilização de lavatórios com água corrente e sabão para que os trabalhadores possam se desinfetar, além do pagamento de auxílio aos que precisarem se afastar.
Decisões liminares semelhantes haviam sido proferidas contra as empresas que administram a iFood e a Rappi, mas foram derrubadas por recursos na Justiça.”
Fonte: Uol
Data original de publicação: 15/04/2020