Dossiê Trabalho Digital e Plataformizado no Século XXI: reconfigurando o passado no presente

Foto: Caderno CRH

Por Henrique Amorim, Maria Aparecida Bridi e Ana Claudia Moreira Cardoso | Caderno CRH

APRESENTAÇÃO

São variadas, rápidas e intensas as mudanças que se processam nos modos de traba-lhar, produzir , proporcionadas pelas transformações jurídicas, econômicas e ideológicas que tiveram seu início nos anos 1970. Tais mudanças têm permitido a emergência de novos espaços de acumulação nos quais o capital se desloca pelo mundo globalizado, buscando ampliar sua lucratividade, com consequências devastadoras para o mercado de trabalho, para as relações laborais e para os trabalhadores e trabalhadoras. A transformação digital conduzida pelo capital tem resultado em novos tipos de empresas, novas ocupações e formas de trabalhar e de produzir que se reconfiguraram. Além das tecnologias da informação e comunicação (TICs) serem utilizadas por todos os setores da economia, diversas categorias profissionais desaparecem e outras são criadas na indústria, comércio e serviços, no segmento de hardware, software, denominadas de trabalhadores “informacionais”, “digitais”, “profissionais de TI”, teleatendentes, teletrabalhadores e trabalhadores em plataformas digitais. A diversidade e heterogeneidade marca o “trabalho digital”, pois compreende todas aquelas ocupações ligadas diretamente com a produção e desenvolvimento de software, manutenção e comércio: os trabalhadores que produzem hardware das fábricas de computadores, os trabalhadores de call centers, das fazendas de clique, dos balcões de mercadorias, das indústrias de softwares que apresentam características e configurações específicas no que diz respeito a perfis, qualificações, formas de organização do trabalho, sistemas de remuneração, contratação, sociabilidades e formas de ação coletiva (Amorim; Grazia, 2021; Amorim; Guilherme, 2022; Lima; Bridi, 2019; Ribeiro, 2022). Essas diferentes configurações sociais desafiam os estudiosos do trabalho a descrever, compreender e analisar o que é novo de fato, isto é, resultante da revolução informacional do século XX e dos desdobramentos no sécu-lo XXI, caso do trabalho plataformizado que já abrange diversos subsetores de serviço

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Fonte: Caderno CRH v. 35 (2022): Publicação Contínua

Data de publicação: 10/10/2022

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