Coordenação: | E-mails: |
José Roberto Heloani (Unicamp) | rheloani@gmail.com |
Vera Navarro (USP) | |
André Luís Vizzaccaro-Amaral (UEL) | andre.lva@uel.br |
Tanyse Galon (UFTM) | tanyse.galon@uftm.edu.br |
Ementa
A relação entre trabalho e saúde tem sido objeto de pesquisa por estudiosos de diferentes áreas do conhecimento há muito tempo. No Brasil, a produção sociológica que destaca a centralidade do trabalho na sociedade capitalista é significativa, assim como a que reitera a relação entre o trabalho e a saúde. Investigações empíricas realizadas nos diferentes setores da economia do país têm possibilitado a compreensão das particularidades do processo de reestruturação produtiva que ganhou impulso nos anos de 1990 e trouxe em sua esteira a terceirização, processo que no país é sinônimo de precarização do trabalho. O crescimento das políticas econômicas de caráter neoliberal no Brasil e na América Latina resultou na intensificação das formas de exploração do trabalho, no desmantelamento da legislação trabalhista e na restrição cada vez maior das práticas coletivas dos trabalhadores. Esse quadro se agravou com a reforma trabalhista de 2017 e, posteriormente, com a Reforma da Previdência Social em 2019. O novo contexto surgido com a pandemia da Covid-19, que trouxe em seu rastro o aumento do desemprego e da informalidade, fez expandir as formas precárias de condições e relações de trabalho, resultando no aumento dos riscos de acidentes, adoecimentos e mortes no exercício laboral. Tais consequências se traduzem em novos desafios para os pesquisadores da área. A pandemia, que deixou à mostra a precariedade das condições e relações trabalhistas, evidencia de modo ainda mais urgente a necessidade de estudos e debates acerca dos impactos do trabalho na subjetividade e na saúde dos trabalhadores, sobretudo considerando os casos concretos de acidentes, adoecimentos e mortes registrados durante este período, especialmente aqueles diretamente relacionados com a Covid-19.
Referências Bibliográficas:
Em construção…