Livro: Crítica do fascismo

Foto: Divulgação

Autor: Alysson Mascaro | Editora Boitempo

Lançada no mês e no ano em que se completam cem anos da Marcha sobre Roma, fato que simboliza o início do fascismo, a nova obra do jurista Alysson Leandro Mascaro é um estudo do fascismo pelo prisma marxista, em que o autor sistematiza as variadas análises e interpretações sobre o nazifascismo, apontando as diferenças entre as leituras liberais, as voluntaristas e as do marxismo. A proposta é organizar uma teoria geral crítica a respeito desse movimento, com base em um trajeto de reflexões que vem do século XX até os dias de hoje, teoria que se faz necessária diante das contradições capitalistas do presente.
 
Composta de sete capítulos, a obra começa apresentando as teorias críticas do fascismo, mostrando suas filiações filosóficas e políticas, suas proximidades e diferenças. No segundo capítulo, trata dos debates marxistas a respeito do caso alemão, num trajeto que vai desde a Segunda Internacional, passando pela República de Weimar, até chegar ao nazismo e, depois, às compreensões posteriores acerca desse fenômeno. O terceiro capítulo expõe as reflexões do mais importante teórico do direito soviético, Evguiéni Pachukanis, sobre os casos italiano e alemão, enquanto o seguinte abre espaço para o mais destacado personagem prévio ao surgimento do fascismo, Gabriele D’Annunzio.

No quinto capítulo, o leitor tem acesso à conferência do autor proferida na Faculdade de Direito da USP a respeito de fascismo e subjetividade jurídica. Na sequência, Mascaro trata das abordagens de Slavoj Žižek sobre o movimento para então terminar o livro com uma reflexão crítica e materialista sobre os direitos humanos e sobre a falsa pretensão de que o direito e as instituições salvariam a sociedade das contradições extremas do capitalismo, como é o caso das contradições fascistas.

Trecho

“Desde há muito, os fascismos ampliaram a desgraça das sociabilidades capitalistas pelo mundo. Se é verdade que da época de seu surgimento até hoje encontraram resistências e oposições, a maior parte das críticas ao fascismo, ao não alcançar a materialidade de suas causas, contribui para sustentar as condições de possibilidade e reafirmação de tal experiência. Mediante deslocamentos ou diluições de suas razões, assim operam as leituras liberais, que insistem nas instituições políticas e jurídicas capitalistas como salvaguarda daquilo que elas próprias contribuem para gestar.”

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Fonte: Editora Boitempo

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