Luz azul influencia trabalho diurno

Fundacentro

A Fundacentro publica o relatório “Efeitos Benéficos da Luz Azul Sobre o Trabalho Diurno de Trabalhadores Administrativos”, desenvolvido por uma equipe de tecnologistas da instituição, coordenado por Elisa Kayo Shibuya e Érica Lui Reinhardt. A equipe também contou com a colaboração de Elizabeti Yuriko Muto, Marcela Gerardo Ribeiro e Maria Cristina Aguiar Campos, gestora do projeto.

O estudo teve como objetivo investigar os impactos da luz azul no desempenho e bem-estar dos trabalhadores administrativos durante o expediente diurno, fornecendo dados relevantes sobre os efeitos da luz em ambientes de trabalho. A participação de Cristiane Paim da Cunha também foi fundamental na execução do projeto.

As autoras informam que a luz azul, quando utilizada de maneira adequada, traz diversos benefícios: ela aumenta a atenção e o estado de alerta, estimulando o sistema nervoso e melhorando o foco e a produtividade.

Além disso, a exposição à luz azul no início do expediente contribui para a regulação do ritmo circadiano, ajudando a manter os ciclos de sono e vigília em equilíbrio, o que reduz a sonolência durante o dia e favorece o descanso à noite. Outro benefício importante é a melhoria no humor, criando um ambiente de trabalho mais positivo e ajudando a reduzir os níveis de estresse e ansiedade.

No entanto, a exposição excessiva à luz azul, especialmente à noite, pode causar problemas, como a perturbação do sono, uma vez que interfere na produção de melatonina, hormônio que induz o sono. Sendo assim, é importante que a luz azul seja utilizada de forma equilibrada, maximizando seus benefícios durante o dia e evitando a exposição excessiva à noite.

O livro apresenta 44 páginas, seis capítulos e 17 subitens que apontam como a exposição à luz pode impactar em diversos aspectos da saúde, como a supressão da melatonina, um hormônio responsável pela indução do sono, e sua relação com o ciclo de sono e vigília.

Também são analisados os efeitos da luz sobre a qualidade do sono, destacando como a luz artificial, especialmente a luz azul, pode alterar os padrões de descanso, afetando o desempenho e a saúde em geral. Aliás, as autoras abordam como a luz influencia o estado de alerta, tanto subjetivo (percepção pessoal de estar desperto e atento) quanto objetivo (medições fisiológicas), e o humor, ressaltando o impacto da luz no comportamento emocional.

Os estudos apresentados são fundamentais para entender como a luz artificial, especialmente em ambientes internos, pode ser manipulada para melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho das pessoas, influenciando diretamente o ritmo circadiano e a qualidade de vida.

Exposição à luz intensa

A exposição à luz intensa e com alta temperatura de cor correlata (TCC) à noite pode suprimir a melatonina e atrasar o sistema circadiano, especialmente quando envolve luz azul. A falta de luz pela manhã também pode causar atrasos no ritmo circadiano, afetando principalmente os trabalhadores de escritório.

Porém, a luz azul à noite tem um impacto negativo nesse processo. Já durante o dia, a exposição à luz natural e luz branca enriquecida com azul melhora a qualidade do sono na noite seguinte. Luz intensa durante o dia favorece um maior estado de alerta, enquanto a luz azul de baixa intensidade à noite não tem o mesmo efeito. Em relação ao humor, a luz azul durante o dia pode promovê-lo, mas a luz à tarde tende a ter um efeito negativo.

O estudo conclui que a iluminação artificial deve ser ajustada para promover saúde e bem-estar, considerando a hora do dia, a duração da exposição e outros fatores como o espectro da luz e a iluminância. No entanto, os mecanismos exatos dos efeitos não visuais ainda precisam ser mais investigados, e futuros estudos devem explorar a interação entre os efeitos visuais e não visuais da luz.

Publicação

O “Relatório técnico: efeitos benéficos da luz azul sobre o trabalho diurno de trabalhadores administrativos” está disponível na página de divulgação das publicações institucionais

Podcast

Venha ouvir episódio “A importância da luz azul nos ambientes ocupacionais”, as autoras do estudo Elisa Kayo Shibuya, Elizabeti Yuriko Muto, Erica Lui Reinhardt e Marcela Gerardo Ribeiro explicam os efeitos da luz azul sobre os trabalhadores, no Podcast Fundacentro:

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Fonte: Fundacentro

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Publicado em 17/12/2024