Negros são 82% dos resgatados do trabalho escravo no Brasil
Por Daniela Penha | Repórter Brasil
Maioria dos 2.043 pretos e pardos encontrados em situação análoga à escravidão entre 2016 e 2018 é de jovens, nordestinos e sem escolaridade. Para especialistas, dados revelam a marginalização das populações negras
“Uma família de homens e mulheres negras. Nenhum dos quatro filhos conseguiu terminar o ensino médio. Cresceram na roça e começaram a trabalhar ainda crianças.João (nome fictício), de 26 anos, deixou a escola na sexta série, por volta dos 12 anos. Desde então, trabalha cortando cana ou colhendo café. Em agosto de 2018, foi um dos 18 trabalhadores resgatados em situação análoga à de escravo em uma fazenda de café em Minas Gerais.
João é parte dos números que, para especialistas, comprovam a marginalização das populações negras. A cada cinco trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão entre 2016 e 2018, quatro são negros. Pretos e pardos representam 82% dos 2,4 mil trabalhadores que receberam seguro-desemprego após resgate. Entre os negros resgatados estão principalmente homens (91%), jovens de 15 a 29 anos (40%) e nascidos em estados do Nordeste (46%). O levantamento foi feito pela Repórter Brasil, com base em dados obtidos da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, por meio da Lei de Acesso à Informação.”
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Fonte: Repórter Brasil
Data original de publicação: 20/11/2019