O que fábricas de munições da 1ª Guerra têm a nos ensinar sobre jornadas estressantes de trabalho
Por Jill Duffy
“No mundo das startups e dos CEOs, paixão, foco e ambição costumam ser apresentados como ingredientes para a produtividade. Neste discurso, o céu – e não o relógio – é o limite para o esforço materializado em horas de trabalho.
Pesquisas sobre tempo no trabalho, no entanto, sugerem que o excesso leva as pessoas a serem menos produtivas, não mais. Muitas horas de labuta também estão associadas ao aumento de doenças cardiovasculares, diabetes e outros efeitos negativos à saúde – que por sua vez podem afetar… a produtividade no trabalho.
Então, quantas horas são demais? A partir de qual ponto a produtividade cai? A única maneira de saber isso é medir a produção de trabalhadores de verdade. E são dados antigos, da Primeira Guerra Mundial, que estão ajudando a responder algumas dessas perguntas, como em uma publicação de 2015 com base nessas informações.
Durante a guerra, a Grã-Bretanha precisava fabricar rapidamente armas e munições. Como tantos homens estavam no front, as mulheres, que normalmente naquela época não trabalhavam em fábricas, foram chamadas para fazer o serviço como municionetes. O trabalho delas incluía tarefas como perfurar peças e manusear pedaços de metal para fazer armas. Suas jornadas às vezes chegavam a 50 horas de trabalho por semana e, em alguns casos, até 72 horas.
As informações são especialmente úteis devido à natureza do trabalho e das trabalhadoras: havia apenas um turno e cada trabalhador fazia as mesmas tarefas – fáceis de contar. Como as informações são inequívocas e mensuráveis, são ótimos dados para os pesquisadores.
A análise de 2015 desses dados mostrou que, à medida que o número de horas trabalhadas aumentava, a produção também, mas apenas até certo ponto. A produção por hora atingiu um pico no ponto de cerca de 40 horas de trabalho por semana e depois caiu.”
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Fonte: BBC
Data original de publicação: 29/09/2019