ONU: desigualdade fecha as portas para avanço econômico e social no mundo
“A crescente desigualdade em países desenvolvidos e em desenvolvimento pode exacerbar as divisões e desacelerar o desenvolvimento econômico e social, de acordo com o Relatório Social Mundial 2020 das Nações Unidas, lançado globalmente nesta terça-feira (21). Mais de dois terços da população mundial vivem em países onde a desigualdade aumentou e o impacto é sentido em níveis pessoais e nacionais. O documento aponta que no Brasil, onde a desigualdade havia sido reduzida nas últimas décadas, ela está aumentando novamente.
De acordo com o relatório, produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, sociedades muito desiguais são menos efetivas na redução da pobreza, crescem mais vagarosamente, dificultam que as pessoas quebrem o ciclo da pobreza e fecham as portas para o avanço econômico e social. Além disso, o aumento da desigualdade reprime o crescimento econômico e pode aumentar a instabilidade política.
No prefácio da publicação, o secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu: “o ‘Relatório Social Mundial 2020: desigualdade num mundo que muda rapidamente’ surge quando confrontamos realidades difíceis de um panorama global de profunda desigualdade. Tanto no Norte quando no Sul, protestos em massa reacendem, alimentados por uma combinação de males econômicos, crescimento das desigualdades e insegurança no trabalho. Disparidades de renda e falta de oportunidades estão criando um ciclo vicioso de desigualdade, frustração e descontentamento em várias gerações”.
O relatório dá evidências mostrando que inovação tecnológica, mudanças climáticas, urbanização e migração internacional estão afetando as tendências de desigualdade. O secretário-geral afirmou que o documento traz uma mensagem clara: “o rumo futuro destes desafios complexos não é irreversível. Mudanças tecnológicas, migração, urbanização e mesmo a crise climática podem ser aproveitadas para um mundo mais sustentável e justo, ou podem nos dividir ainda mais”, alertou.”
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Fonte: ONU
Data original de publicação: 21/01/2020