Outro Mundo é Possível: “É hora da resistência às investidas fascistas da extrema direita”
Marcelo Ferreira | Brasil de Fato
Militante do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia, Paula de Almeida fala sobre o evento que ocorre em Porto Alegre
A capital gaúcha sediará entre os dias 26 e 30 de janeiro de 2022, o Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD). O Fórum, que acontecerá presencialmente, será um espaço de resistência frente aos constantes ataques ao Estado Democrático de Direito que assolam o Brasil, a América Latina, e outras partes do mundo.
Vai reunir debates em torno de cinco eixos temáticos: Capitalismo e Desigualdades, Democracia e as Forças Sociais, Direitos de Grupos Vulnerabilizados, Comunicação e Tecnologias e Cultura. E cada um desses eixos abarca uma série de linhas temáticas.
Entre os convidados confirmados estão o professor Boaventura de Sousa Santos (idealizador inicial do evento), o juiz criminal Rubens Casara, a ativista feminista francesa Jules Falquet, o pastor Henrique Vieira e o ativista membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. A mesa de abertura do Fórum já tem as presenças confirmadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, entre outras pessoas.
Em entrevista ao Brasil de Fato RS, a militante do FSMJD Paula Freitas de Almeida, que compõe o Comitê Facilitador como representante da Rede de Estudos e Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista (REMIR-Trabalho), afirma que a vasta gama temática do FSMJD se entrelaça a partir de problemáticas sociais que transversam todos os eixos, reunindo forças sociais progressistas que buscam defender a democracia e lutar por sistemas de justiça mais plurais.
“Especialmente aqueles que dizem respeito a reconhecer que vivemos em uma sociedade de classe, oligárquica, patriarcal e desigual, em que sobressaem as questões sobre as violências do capitalismo, processos de vulnerabilização, favelização e escravização, que, por outro lado, remontam às resistências que se fortalecem nas problemáticas trabalhadas pela interseccionalidade, combate ao racismo, feminismo, LGBTQIA+, entre outras”, afirma.
Paula é também primeira secretária da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET) e doutoranda em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da UNICAMP. Nas linhas a seguir, ela aprofunda os objetivos do Fórum e explica a relevância do evento que ocorre 21 anos após o primeiro Fórum Social Mundial realizado em Porto Alegre – hoje em um contexto de investidas fascistas no país. Também fala das atividades programadas e de como pessoas e entidades podem participar.
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Fonte: Brasil de Fato
Data original de publicação: 07/01/2022