Podcast debate maternidade e misoginia nas pesquisas e na ciência
Por Folha de São Paulo
O debate sobre a desigualdade de gênero na academia voltou à tona com uma série de casos de pesquisadoras que tiveram questões ligadas à maternidade como justificativa para avaliações negativas de sua produção científica. Na semana passada, a Folhacontou mais uma história do tipo, da professora da USP de São Carlos Cibele Russo.
Pesquisadora de estatística, ela teve uma bolsa de produtividade negada pelo CNPq em dezembro. O parecer citava que licenças-maternidade explicariam o “pequeno número de alunos [de mestrado e doutorado] formados” por ela no período avaliado.
O quadro de dificuldade para mulheres na academia é confirmado por um levantamento do movimento Parent in Science, que mostrou que elas são só 35% dos bolsistas por produtividade no CNPq —o patamar se mantém há duas décadas. A repercussão dos casos recentes fez com que o órgão tornasse obrigatória a extensão do prazo de avaliação de projetos de pesquisadoras que são mães.
O Café da Manhã desta segunda-feira (15) conta a história de Cibele Russo e ouve a jornalista Victoria Damasceno, editora da iniciativa Todas, para discutir a desigualdade de gênero na academia, na ciência e no mercado de trabalho.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Raphael Concli.
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Fonte: Folha de São Paulo
Data original de publicação: 15/01/2024