Projeto de combate ao trabalho análogo ao de escravo qualifica 17 trabalhadores em MT
Por Ministério Púbico do Trabalho em Mato Grosso
Cuiabá – “Hoje, posso dizer que tenho uma profissão”, afirma Jéssica Mendes Souza Oliveira, 24, mãe de três filhos e parte do grupo de 17 trabalhadores(as), entre egressos(as) do trabalho análogo ao de escravo e em situação de vulnerabilidade, da mais recente turma de formandos(as)de cursos de capacitação profissional do Projeto Ação Integrada (PAI).
A iniciativa, instituída em 2009, é coordenada pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT), Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE-MT) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com o apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e do Sistema S. “É mais do que formação voltada ao trabalho. Aprendi, também, sobre amizade, convivência, e conheci pessoas incríveis. Pretendo fazer mais cursos”, diz.
A qualificação em questão, com duração de três meses, foi voltada para a área da construção civil e teve início em agosto deste ano. As aulas para formação em pedreiro de alvenaria, assentador de revestimento cerâmico e pintor de obras imobiliárias foram realizadas na fazenda experimental da UFMT, no município de Santo Antônio do Leverger (a 30 km da capital), por instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Distrito), via Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT).
Lígia Regina Vital, 42, mãe de dois filhos, é formanda do curso de pintura de obras imobiliárias. “O primeiro lugar que vou pintar será minha casa”, compartilha, com ânimo. “Será como um cartão de visita! Considero o curso uma experiência maravilhosa. Abracei a causa. Agora, é só colocar em prática o que aprendi.”
A turma, formada por 15 homens (sete egressos do trabalho análogo ao de escravo e 11 vulneráveis) e duas mulheres (vulneráveis) entre 18 e 56 anos, oriundos(as) de diversas localidades de Mato Grosso, participaram, ainda, de aulas na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) ministradas pela Seduc, como forma de alfabetização e elevação de escolaridade, e de ações e cursos ofertados por entidades parceiras voltados à inclusão digital e a cuidados com a saúde – formações capazes de gerar oportunidades, conscientização e inserção no mercado de trabalho.
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Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso
Data original de publicação: 21/12/2023