Saramago e o memorial dos trabalhadores de Apps em cena

Fonte da imagem: ES Brasil

Por Kátia Barbosa | Teoria e Debate

No afã de arquivar todos os nomes, de todos os vivos e de todos os mortos, a Conservatória Geral do Registo Civil ignora o mais importante: a existência para além de cada verbete.

A propósito do centenário de José Saramago, em 2022, evoqueii uma passagem na qual o escritor português, para não apagar os trabalhadores que construíram o Convento de Mafra, escolheu nomes que representassem cada letra do alfabeto. Assim, aqueles que lá estiveram se encontrariam, de alguma forma, homenageados. Uma tentativa de alçá-los a um outro patamar para retirá-los da massa indiferenciada. Tempos depois, em Todos os Nomes, ao erguer a monumental e labiríntica Conservatória Geral do Registo Civil, Saramago radicalizará esse gesto, ao acompanhar a travessia do auxiliar de escrita, de nome José, na busca desmedida pela mulher desconhecida. E é, exatamente, por conta, tanto da passagem evocada do Memorial do Convento, quanto da radicalização da atitude do escritor, ocorrida em Todos os Nomes, que se defenderá aqui a importância de se recuperar o legado de José Saramago, com a finalidade de estabelecer um diálogo com a coluna Trabalhadores de Apps em Cenaii, que, circulando na mídia, se ergueu como um belíssimo memorial dos nossos tempos. Trago aqui o registro de parte da referida passagem do romance publicado em 1982:

(…) tudo quanto é nome de homem vai aqui, tudo quanto é vida também, sobretudo se atribulada, principalmente se miserável, já que não podemos falar-lhes das vidas, por tantas serem, ao menos deixemos os nomes escritos, é essa a nossa obrigação, só para isso escrevemos, torná-los imortais, pois aí ficam, se de nós depende, Alcino, Brás, Cristóvão, Daniel, Egas, Firmino, Geraldo, Horácio, Isidro, Juvino, Luís, Marcolino, Nicanor, Onofre, Paulo, Quitério, Rufino, Sebastião, Tadeu, Ubaldo, Valério, Xavier, Zacarias, uma letra de cada um para ficarem todos representados (…)iii

No romance Todos os Nomes, o Sr. José é apresentado como um auxiliar de escrita que trabalha na Conservatória Geral do Registo Civil e que possui o hobby de colecionar recortes de pessoas famosas. O narrador não informa sobre o passado do escriturário, embora este já tenha cinquenta anos. O que teria vivido até o momento? Não se sabe. O importante para a narrativa é a transformação pela qual passará a personagem. A vida em sua totalidade já não é o mais importante, mas apenas em seus instantes substanciais, nos quais esta se intensifica.

A rotina árida de trabalho, a que está submetido o Sr. José, com pilhas e mais pilhas de verbetes, à espera de ordem, no interior da gigantesca repartição, acaba por tornar asfixiante o cotidiano dele. Conhecer as fichas catalogadoras, contendo o nome e as respectivas datas de nascimento e de morte, sempre lhe bastou. Se esses nomes fossem famosos, tanto melhor, pensava ele, uma vez que gostava de se ocupar destes. Em seus horários de folga, portanto, o auxiliar de escrita continuava a arquivar, a ordenar e a catalogar. A vida, contudo, não pode ser fixa como quer a Conservatória. Ela também reserva surpresas, encontros e desafios, descobertos em pleno cotidiano. Cabe ao homem de letras, segundo Joyce, registrar, com extremo cuidado, esses momentos fugidios de uma existência.iv

Eis que o romance Todos os Nomes fará o relato de um instante assim, de um momento epifânico1, vivido pelo Sr. José. A partir desta experiência, algo se passa com o protagonista da história, ainda que não seja inteiramente compreendido por ele. Esse instante revelador, que só poderá ser lido, na obra de José Saramago, destituído de qualquer caráter transcendente, tal como na teoria da epifania, utilizada como procedimento estético na concepção joyceanav, descortina aos olhos do escriturário uma busca possível. O narrador aponta que uma consciência subitamente mais inquieta da presença da Conservatória Geral do Registo Civil acabou por fazer com que, num instante, o escriturário percebesse que alguma coisa estava a faltar. Ainda que, por enquanto, o que mobiliza o Sr. José a não desistir de cometer a infração, levando-o a abrir, pela primeira vez, a porta que fazia a comunicação de sua casa com a Conservatória e que lhe ficou proibida por tanto tempo, seja apenas o desejo de buscar dados mais fiéis sobre a vida do bispo, uma das muitas da coleção do escriturário. A partir dessa epifania laica, o lugar em que o Sr. José passou praticamente a vida inteira não será mais o mesmo e a existência do auxiliar de escrita também não. Seus pares, profundamente imersos na mediocridade confortável em que se movimentam, não lhe voltam nem mesmo o olhar, não podem nele perceber nenhuma alteração. Nenhum estado faria sentir, mais ostensivamente, o absurdo que são esses ficheiros intermináveis, nos quais se imobilizam as vidas, do que o deste Sr. José no exato momento em que passa por uma mudança.

Em suas andanças noturnas pela Conservatória, o escriturário é surpreendido por um verbete anônimo. Sem entender as razões que o tinham feito paralisar diante da ficha catalogadora, uma vez que nem famosa era essa vida, ele vai desejando saber um pouco mais sobre esse nome. Na busca incessante da mulher do verbete inusitado, o auxiliar de escrita vai se descobrindo e acaba se apaixonando por suas aventuras, ou seja, por sua história. O Sr. José, homônimo do escritor português, passa a assumir a escrita da própria vida, mobilizado por uma Ariadne que lhe aponta o fio que tece o texto, a partir de um simples verbete. Ao procurar a vida escondida atrás deste, o escriturário começará a se debruçar sobre a existência de uma anônima ─ assim como ele ─, a quem a história oficial relegou ao esquecimento. Esse fio que tece o texto aponta para essa possibilidade de impedir a morte, tanto a do Sr. José, dentro de um cotidiano opaco e empobrecido, quanto também a da mulher desconhecida do esquecimento, considerado a pior delas.

O Sr. José se orgulhava do conservador, porque este trazia na cabeça todos os nomes, de todos os vivos e de todos os mortos do lugar em que se passa a história. Mais tarde, já iniciado em sua busca, o escriturário encontrará a senhora do rés-do-chão direito, que, em diálogo com o auxiliar de escrita, tenta mostrar que o conservador não sabe nada além do nome dela, ao passo que ele, o Sr. José, pôde ir à casa dela, pôde ver-lhe a cara, pôde ouvir-lhe dizendo que enganou o marido.vi Ela pergunta ainda o que mais seria preciso para que o escriturário se convencesse de que, ao pé dele, o conservador não passa de um ignorante.vii Conhecer todos os nomes é igualá-los. No afã de arquivar todos os nomes, de todos os vivos e de todos os mortos, a Conservatória Geral do Registo Civil ignora o mais importante: a existência para além de cada verbete.

O Sr. José busca inscrever um espaço outro, capaz de não calar a mudança, ao registrar, em seu caderno de apontamentos, os momentos de transformação, sobre os quais a escrita da repartição sabe tão pouco. A Literatura, marcada que é pela experiência da alteridade, se voltará para a trajetória singular de cada nome. É uma escrita que, acessando o abismo do outro,viii através dos fluxos de consciência, permite conhecer o que pensa, o que sente e o que deseja esse outro. É o discurso literário fazendo com que o Sr. José deixe de ser todos os nomes, assim como esse escriturário irá fazer com que, por meio do relato das aventuras dele, a mulher desconhecida também deixe de ser todos os nomes.

É a senhora do rés-do-chão direito que dará informações ao escriturário a respeito do colégio onde teria estudado a mulher desconhecida, que era afilhada dela. Como não poderia chegar à escola, no horário de funcionamento, uma vez que a rotina dele, na Conservatória, não deixava que lhe sobrasse tempo, o auxiliar de escrita fará uma incursão noturna, sem autorização, transgredindo, mais uma vez, as normas estabelecidas. Descobrirá que a mulher desconhecida se tornara professora deste mesmo local. Recolhendo dados com o diretor, posteriormente, toma conhecimento de que ela havia se suicidado.

A mulher desconhecida não se deixa conhecer. Morta estará ela, levando, em segredo, uma vida. A descoberta de que ela estava morta leva o Sr. José ao Cemitério Geral. Após, decide percorrer um último local ─ o apartamento da mulher desconhecida, no qual encontrará as últimas lembranças da professora de matemática: um vestido, um perfume, a voz que não se apagou da secretária telefônica. Não deixará morrer o pouco que soube dessa vida anônima, fazendo com que um nome, amorfo para a Conservatória, possa sugerir mais do que isso.

Ao voltar para casa, o Sr. José se surpreende por esta se encontrar iluminada. Ao abrir a porta, se depara com o conservador sentado à mesa, em meio a alguns papéis cuidadosamente alinhados.ixO que se revela, a partir daí, é que o conservador, figura ambígua, já comentada pelo narrador, ao dizer que “(…) só os melhores chefes são capazes de unir de forma harmoniosa sentimentos tão contrários (…)”x, acompanhou todo o relato do auxiliar de escrita, na busca pela mulher do verbete anônimo, por meio do caderno de apontamentos deste. Isso foi possível porque a casa do Sr. José, agarrada à repartição, foi a única que restou de uma relação de trabalho que tinha, como vantagem maior, o controle completo da vida dos subordinados pelos superiores. Da mesma maneira que o escriturário possuía a chave que dava acesso à repartição, o conservador também poderia ter acesso à casa do Sr. José. Diz o chefe da Conservatória ao auxiliar de escrita: “(…) o dono da chave é o dono da casa (…)”xi Acrescenta: “(…) digamos que ambos somos donos desta casa, tal como você parece ter-se considerado dono bastante da Conservatória para distrair documentos oficiais do arquivo (…)”xii

Em Todos os Nomes, a porta se abre. Mas o poder lá está, acompanhando a transgressão do Sr. José, ao ponto de cumprimentar o escriturário pela boa redação e pela propriedade de linguagem.xiii O auxiliar de escrita não é punido, mas as relações de poder também não desaparecem. Ele continua sendo o funcionário explorado da Conservatória. Só que agora é capaz de vivenciar pequenos momentos de plenitude dentro de um cotidiano hostil. O conservador irá propor ao auxiliar de escrita a contemplação dos dois hemisférios que dividem a Conservatória ─ o dos vivos e os dos mortos ─ como se fossem um só:

Sabe o que eu faria se estivesse no seu lugar, perguntou, Não senhor, Sabe qual é a única conclusão lógica de tudo o que sucedeu até este momento, Não senhor, Fazer para esta mulher um verbete novo, igual ao antigo, com todos os dados certos, mas sem a data do falecimento, E depois, Depois colocá-lo no ficheiro dos vivos, como se ela não tivesse morrido, Seria uma fraude, Sim, seria uma fraude, mas nada do que temos feito e dito, o senhor e eu, teria sentido se não a cometêssemosxiv

O Sr. José parte em direção à Conservatória Geral com esse objetivo. A mulher desconhecida, destinada a permanecer como mais uma ficha amarelecida, nas prateleiras da repartição, passa a ser agora: “(…) uma mulher cujo nome de morta voltou ao mundo vivo porque este Sr. José o foi resgatar ao mundo morto, apenas o nome, não ela, que não poderia um auxiliar de escrita tanto.”xv Saramago, em sua obra, adotará o ponto de vista dos vencidos, fazendo-nos pensar não no que foi, mas no que poderia ter sido, com o propósito de apontar para uma nova realização do fazer histórico, agora ampliado por conter a esfera do possível, num desejo de que o porvir realize as possibilidades frustradas. Esvanecem-se, então, os limites entre História e Literatura, no dizer do revisor Raimundo Silva, o qual nos leva a refletir sobre o caráter ficcional e, portanto, transformador da memória, ao resgatar esse passado histórico, reinventando-o: “(…) em minha discreta opinião, senhor doutor, tudo quanto não for vida é literatura, A história também, A história sobretudo.”xvi

Assim como a importância do legado de José Saramago está em ousar não esquecer os esquecidos, a coluna Trabalhadores de Apps em Cena tambémousou ir atrás dos percursos singulares de vinte e quatro trabalhadoras e trabalhadores em plataformas digitais, pelo Brasil afora, para que eles não fossem relegados ao apagamento. Foram escutadas as condições de trabalho e de vida dos motoristas e dos entregadores em plataformas digitais em uma cena construída, na mídia, pela aliança formada entre professores de diferentes universidades, juristas que atuam na Justiça do Trabalho, nos sindicatos e na defesa dos direitos humanos e trabalhadores em plataformas digitais.xvii Visando à instauração de uma grande escuta pública, a coluna, ao abrir um diálogo com a sociedade, pretendeu apontar para a necessidade de um reconhecimento político destas vidas, que são frequentemente desconsideradas.xviii

A coluna foi buscar a concretude do existir, preenchendo os nomes das trabalhadoras e dos trabalhadores em plataformas digitais com as vidas que estão para além destes, da mesma forma que fez o Sr. José em relação à mulher desconhecida. Dentre tantos relatos, a coluna, contendo dores, alegrias, vidas em circulação, mostrará, por exemplo, o que sofre, na cidade do Rio de Janeiro, Livio Luna, que é motorista e morador do subúrbio carioca. Ele relata não gostar de fazer viagem pela Zona Sul, porque é “(…) ter certeza que você vai ouvir alguém querendo te colocar no seu lugar.”xix Maria Eldeane de Sena, que é entregadora na mesma cidade, fala também do racismo vivenciado por ela: “Eu sou uma mulher negra. Os muros da cidade e as portas nunca foram abertas pra mim.”xx

Como é preciso criar resistências a esse modo neoliberal de vida, que precariza, André Arruda, que é motorista em Pernambuco, vai defender, na coluna, a importância da organização para a luta e a necessidade de descriminalizá-la. Diz ainda que “(…) a greve é fundamental. É fundamental pra o sistema entender que a gente precisa de melhorias.”xxi Apontando, por sua vez, para o cooperativismo como uma alternativa, que traz um importante “(…) ganho social e não só financeiro”xxii, Fabricio Müller, que é motorista em Araraquara, ao falar sobre a ausência de um local para descanso, para o banheiro, para conversar e para fazer as refeições juntos, conta como a iniciativa surgiu: “A cooperativa nasceu dessa amizade, nasceu dessa vontade solidária da gente ter não só um aplicativo próprio, como ter uma sede própria.”xxiii

Após a escuta desses relatos e diante do avanço da precariedade politicamente induzidaxxiv, que vai estendendo a uberização, como um modelo, para as relações de trabalho no Brasilxxv, importa muito resgatar que, para Saramago, as vidas das trabalhadoras e dos trabalhadores não podem ser perdidas, o que faz com que o valor destas seja, para ele, inegociável. Nesta mesma esteira, a filósofa Judith Butler advertirá: “Sem a condição de ser enlutada, não há vida, ou, melhor dizendo, há algo que está vivo, mas que é diferente de uma vida.”xxvi Observa ainda: “Em seu lugar, “há uma vida que nunca terá sido vivida,” que não é preservada por nenhuma consideração, por nenhum testemunho, e que não será enlutada quando perdida.”xxvii Não ser preservada por nenhuma consideração, por nenhum testemunho é o destino de uma vida não passível de luto.

A coluna Trabalhadores de Apps em Cena, que, circulando na mídia, se ergueu como um belíssimo memorial dos nossos tempos, fez com que as vozes de Abel Santos, Adrielly Alves, Ana Rafaela Medeiros, André Arruda, Anthony Moreira Marinho, Carina Trindade, Carlos Bastos, Isaac Rodrigues, Fabricio Müller, Jéssica Barbosa, Joyce Travassos, Juliana Iemanjara, Livio Luna, Luiza Mariano da Silva, Maria Eldeane de Sena, Marcelo Carvalho, Marcelo Dino Fraccaro, Mayra Andrade, Paulo Teixeira Jr., Raquel Balbueno, Rennan Resende, Rodrigo Lopes, Welligton Araujo e Rômolo Souza comparecessem ao centro da cena, para que não fossem apagadas. Não deixou, com isso, que morresse o pouco que se soube dessas vidas não passíveis de luto no Brasil de hoje. Também se recusou, como Saramago, a tratar os vencidos como simples abstrações, como querem as estatísticas, que lhes retiram o valor das vidas. Uma maneira também, para lembrar Benjamin, de fazer com que os vencedores cessem de vencer.xxviii Por tudo isso, o diálogo do legado de Saramago com a coluna Trabalhadores de Apps em Cena importa.

Kátia Barbosa é doutoranda em Teoria Literária (UFRJ) e membra fundadora da Rede Trabalho em Cena.

Notas:

1 Epifania aqui, no sentido que lhe deu James Joyce, como fica evidente em Stephen Hero e em Retrato do Artista Quando Jovem, embora, neste último, o termo tenha desaparecido. Para mais informações, in: SÁ, Olga de. A Escritura de Clarice Lispector. Petrópolis: Vozes, 1979, p. 175.

iBARBOSA, Kátia. O centenário de Saramago e o memorial dos trabalhadores em tempos de avanço da precariedade politicamente induzida. Disponível em Acesso em: 10 jun. 2024.

iiDisponível em

iiiSARAMAGO, José. Memorial do Convento. 13ªed. RJ: Bertrand Brasil, 1994, p. 242.

ivSÁ, Olga de. A Escritura de Clarice Lispector. Petrópolis: Vozes, 1979, p. 171.

v Ibidem, pp. 168-192.

viSARAMAGO, José. Todos os nomes. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 62.

viiIbidem, p. 63.

viiiBAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 8ª ed. SP: Hucitec, 1979, p. 151.

ixIbidem, p. 276.

xIbidem, p. 130.

xiIbidem, p277.

xiiIbidem.

xiiiIbidem.

xivIbidem, p. 278.

xv Ibidem, p. 271.

xviSARAMAGO, José. História do Cerco de Lisboa. SP: Companhia das Letras, 1998, p. 12.

xvii BARBOSA, Daniele. A importância política da escuta no projeto Trabalhadores de Apps em Cena. Disponível em Acesso em: 10 jun. 2024.

xviiiIbidem.

xix Disponível em

xx Ibidem.

xxi Ibidem.

xxii Ibidem.

xxiii Ibidem.

xxivBARBOSA, Daniele. A precariedade politicamente induzida e o empreendedor de si mesmo no caso Uber sob uma perspectiva de diálogo entre Butler, Dardot e Laval. RJ: Lumen Juris, 2020.

xxvIbidem, p. 56. .

xxviBUTLER, Judith. Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto? RJ: Civilização Brasileira, 2015, p. 33.

xxviiIbidem.

xxviii BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito da História.” In: O anjo da história. 2ªed. BH: Autêntica, 2013, pp. 7-20.

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Por Kátia Barbosa | Teoria e Debate
Data original de publicação: 28/06/2024

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