Stedile: CPI do MST perdeu credibilidade com circo da extrema direita bolsonarista

Foto: Cristiano Mariz

Por Letycia Holanda / Brasil de Fato

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve suas primeiras sessões essa semana. Mas diante da repetição de frases feitas dos parlamentares de direita e mentiras sobre a atuação do movimento, João Pedro Stedile, liderança do MST, avalia que a credibilidade do colegiado já foi colocada em xeque.

“Eu acho que transformar a CPI num circo já é um erro, perdeu a credibilidade. Ao transformar a CPI no ridículo, no ataque de tudo quanto é tipo, eles perderam a credibilidade, então todo mundo diz ‘isso aí é só palanque para uma direita que perdeu as eleições’”, afirmou Stedile, para o quarto episódio da terceira temporada do podcast Três por Quatro.

O historiador, professor titular aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e membro da direção nacional do PSOL, Valerio Arcary, avalia que a CPI busca criminalizar não só o MST, mas todos os movimentos populares brasileiros. 

“O plano da CPI é criminalizar o MST como antessala para criminalização de todos os movimentos sociais brasileiros. Este núcleo bolsonarista é neofascista e tem raízes na fração da classe dominante que se expressa através do latifúndio. Essa era a pauta do governo Bolsonaro durante quatro anos. E se avançarem não vão parar”, afirmou Arcary.

Para Stedile, a CPI do MST é uma tentativa de garantir um ponto de resistência para a extrema-direita, após a derrota nas eleições presidenciais. E a partir daí atender objetivos eleitoreiros e de ataque ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), impedindo o desenvolvimento de políticas públicas de reforma agrária.

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Fonte: Brasil de Fato

Data original de publicação: 26/05/2023

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