Exposição ocupacional ao calor é tema de seminário realizado pela RBSO
Por FUNDACENTRO
O aumento da ocorrência das ondas de calor observado nos últimos anos tem ampliado o risco de estresse térmico no Brasil. Para debater a questão, a Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO) realizou, no dia 16 de maio, o seminário “Trabalho a Céu Aberto: Passado, Presente e Futuro sobre Exposição Ocupacional ao Calor”.
O seminário, baseado no ensaio de mesmo nome, publicado na edição comemorativa dos 50 anos da RBSO, contou com a coordenação do editor-executivo da revista, Eduardo Garcia Garcia, e palestra de Daniel Pires Bitencourt, tecnologista da Fundacentro. Luciana Resende Londe, pesquisadora do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), foi a debatedora do evento.
Trabalho a céu aberto
A onda de calor é um fenômeno meteorológico que acontece quando uma determinada região registra temperaturas ao menos cinco graus acima da média por um período de três dias ou mais.
Além desse fenômeno, há outros aspectos que estão envolvidos na exposição ocupacional ao calor no trabalho a céu aberto, como a atividade laboral, a organização do trabalho, as condições atmosféricas, entre outros.
Esse quadro pode gerar o estresse térmico, que “é o resultado da carga de calor a qual os trabalhadores são expostos, ocorrendo principalmente a partir da combinação entre condições do ambiente de trabalho, atividade física e vestimentas utilizadas pelo trabalhador”, esclarece Bitencourt.
O especialista também apresentou conceitos, estudos e inovações tecnológicas em monitoramento do calor no país durante o evento. E fez uma reflexão sobre as perspectivas futuras do trabalho a céu aberto diante do advento das alterações climatológicas.
“Não há mais espaço para o negacionismo, os efeitos das mudanças climáticas podem ser percebidos diariamente. E, no futuro, considera-se que o trabalho a céu aberto no Brasil será ainda mais difícil, devido à elevação das temperaturas. O que implicará na necessidade de esforços concentrados em pesquisas, inovações e políticas públicas”, conclui o tecnologista.
Assista ao seminário na integra, acesse o canal da Fundacentro no YouTube.
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Por FUNDACENTRO
Data original de publicação: 13/06/2024