`Por Sintrajufe RS
“Reforma geral do Judiciário” é como o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) denomina a proposta de emenda à Constituição (PEC) que ele pretende encaminhar e para a qual está buscando assinaturas. Até 1º de março, 66 parlamentares haviam aderido, entre eles, oito gaúchos. Entre as mudanças pretendidas pelo deputado “príncipe”, estariam a extinção da Justiça do Trabalho; a transferência da responsabilidade pelas eleições para o Congresso Nacional, com auxílio da “Autoridade Nacional Eleitoral”, que seria criada pela reforma; e o aumento das competências da Justiça Militar.
Entre os gaúchos, assinaram a proposta os deputados Afonso Hamm (PP), Bibo Nunes (PL), Giovani Cherini (PL), Marcel Van Hattem (Novo), Mauricio Marcon (Podemos), Pedro Westphalen (PP), Sanderson (PL) e Zucco (Republicanos). Para a PEC ser apresentada, são necessárias as assinaturas de 171 deputados e deputadas.
| Estado | Deputado(a) | Partido |
| Acre | Coronel Ulysses | União |
| Alagoas | Delegado Fabio Costa | PP |
| Amapá | Silvia Waiãpi | PL |
| Amazonas | Capitão Alberto Neto | PL |
| Bahia | Capitão Alden | PL |
| Roberto Roma | PL | |
| Ceará | André Fernandes | PL |
| Mauro Benevides Filho | PDT | |
| Distrito Federal | Bia Kicis | PL |
| Alberto Fraga | PL | |
| Espírito Santos | Gilvan da Federal | PL |
| Evair Vieira de Melo | PP | |
| Goiás | Gustavo Gayer | PL |
| Magda Mofatto | PL | |
| Mato Grosso | Abilio Brunini | PL |
| Amália Barros | PL | |
| José Medeiros | PL | |
| Mato Grosso do Sul | Dr. Luiz Ovando | PP |
| Marcos Pollon | PL | |
| Rodolfo Nogueira | PL | |
| Minas Gerais | Domingos Sávio | PL |
| Dr. Frederico | Patriotas | |
| Eros Biondini | PL | |
| Junio Amaral | PL | |
| Lafayette de Andrada | Republicanos | |
| Marcelo Álvaro Antonio | PL | |
| Maurício do Vôlei | PL | |
| Nikolas Ferreira | PL | |
| Pará | Delegado Caveira | PL |
| Joaquim Passarinho | PL | |
| Paraíba | Cabo Gilebrto Silva | PL |
| Paraná | Diego Garcia | Republicanos |
| Pernambuco | Coronel Meira | PL |
| Filipe Barros | PL | |
| Rio Grande do Norte | General Girão | PL |
| Sargento Gonçalves | PL | |
| Rio Grande do Sul | Afonso Hamm | PP |
| Bibo Nunes | PL | |
| Giovani Cherini | PL | |
| Marcel Van Hattem | Novo | |
| Mauricio Marcon | Podemos | |
| Pedro Westphalen | PP | |
| Sanderson | PL | |
| Zucco | Republicanos | |
| Rio de Janeiro | Carlos Jordy | PL |
| Chris Tonietto | PL | |
| Delegado Ramagem | PL | |
| Luiz Lima | PL | |
| Rondônia | Thiago Flores | MDB |
| Santa Catarina | Caroline de Toni | PL |
| Daniel Freitas | PL | |
| Daniela Reinehr | PL | |
| Gilson Marques | Novo | |
| Jorge Goetten | PL | |
| Julia Zanatta | PL | |
| Rafael Pezenti | MDB | |
| Zé Trovão | PL | |
| São Paulo | Adilson Barroso | PL |
| Adriana Ventura | Novo | |
| Carla Zambelli | PL | |
| Luiz Philippe de Orleans e Bragança | PL | |
| Miguel Lombardi | PL | |
| Paulo Bilynskyj | PL | |
| Pr. Marco Feliciano | PL | |
| Ricardo Salles | PL | |
| Rosane Valle | PL | |
Conforme Luiz Philippe, o objetivo é “modernizar a estrutura do Judiciário para que seja mais célere e atenda com mais rapidez as demandas da sociedade” e “revalidar as instituições do poder Judiciário como um poder confiável e seguro, principalmente para a população, mas também para os legisladores, chefes de poderes e até terceiros interessados numa estabilidade e segurança jurídica”.
Confira algumas propostas contidas no projeto:
| STF – Seria a corte suprema, constitucional, formada por juízes com idades a partir de 50 e menos de 65 de idade, “de notável saber jurídico e reputação ilibada e que comprovem pelo menos vinte anos de atividade judicante, sendo indicado de diferentes formas e vedada a recondução”.As competências não constitucionais seriam absorvidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelos demais tribunais. O STJ teria juízes com idade mínima de 45 anos, com mandato de cinco anos, sem possibilidade de recondução. |
| Justiça do Trabalho – Seria extinta e passaria a ser absorvida pela Justiça comum. |
| TSE – As funções de administração geral das eleições e de contencioso judicial seriam exercidas por órgãos distintos, em substituição ao sistema atual. A atribuição da função de administração geral das eleições passaria a ser de responsabilidade do Congresso Nacional, com o auxílio da Autoridade Nacional Eleitoral, que seria instituída “como o organismo eleitoral responsável pela administração das eleições em todo o território nacional, com sede no Distrito Federal e quadro próprio de pessoal”. |
| Justiça Militar – Julgaria crimes contra a soberania nacional, violação da integridade territorial, terrorismo, espionagem, crime de lesa-pátria e de guerra, operações militares de militares e também civis. |
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Fonte: Sintrajufe RS
Data original da publicação: 09/03/2023
ABET Associação Brasileira de Estudos do Trabalho