Artigo | REPRODUÇÃO, HABITUS, CAMPO: como Bourdieu pensa o trabalho?

Por Maxime Quijoux | Tradução de Maurício Rombaldi | Revista de Ciências Sociais – Política e Trabalho

RESUMO: Embora seja o intelectual mais citado na Sociologia mundial, o pensamento de Bourdieu sobre o mundo do trabalho permanece, em grande medida, ignorado. Isso se deve à crença amplamente difundida de que o sociólogo francês, ao longo de sua carreira, nada disse para lançar luz sobre esse campo, e a críticas que se restringiram, frequentemente, a apontar os limites e a inadequação do seu conceito de dominação para a análise das relações sociais de produção. A partir de uma leitura abrangente de sua obra, este artigo demonstra como Bourdieu aplica seus principais conceitos – reprodução, habitus e campo – a diferentes espaços do trabalho. Além disso, sua Sociologia conduz a dois resultados: de um lado, permite-nos pensar sobre as subjetividades no trabalho, por meio de uma Sociologia voltada às dinâmicas de longo prazo, articuladas a instituições sociais como a escola e o Estado; de outro, renova a compreensão das relações sociais no trabalho com a análise das lutas simbólicas que envolvem a definição e a legitimidade de cargos e profissões. Mais do que um sociólogo do trabalho, Bourdieu é, acima de tudo, um sociólogo dos trabalhadores.

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Fonte: Revista de Ciências Sociais – Política e Trabalho, n. 54, 2021

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