O lado obscuro da Coreia do Sul, descrita como ‘modelo’ a ser seguido pelo Brasil

Imagem: Pixabay

Na década de 1960, após o fim da guerra da Coreia (1950-1953), a economia da Coreia do Sul estava completamente arrasada. Seu PIB per capita (a riqueza produzida anualmente por um país dividido pelo seu número de habitantes) era a metade do brasileiro.

Por Stefania Gozzer|BBC News

Bastou menos de uma década para que a Coreia do Sul igualasse a marca do Brasil. E, meio século depois, o PIB per capita sul-coreano é três vezes superior ao brasileiro.

Com investimentos maciços em educação e produtividade do trabalhador, a Coreia do Sul sempre foi considerada por muitos especialistas como um “modelo a ser seguido” pelo Brasil e outras nações em desenvolvimento. Um sinônimo de inovação tecnológica.

Atualmente, o país figura entre as 15 maiores economias do mundo. Ali, a expectativa de vida, já bastante alta inclusive para os padrões dos países desenvolvidos, deve chegar a 90 anos em 2030, superando a do Japão, atual recordista mundial. Quase metade da população sul-coreana tem Ensino Superior. A taxa de desemprego também é baixa: 3,6%.

No entanto, a jornada da Coreia do Sul rumo ao rol dos países mais ricos do mundo talvez não tivesse sido possível sem os bilhões de dólares injetados pelos Estados Unidos após o fim do conflito, em meio à Guerra Fria — a disputa com a extinta União Soviética por áreas de influência no mundo.

Tampouco sem a mão-de-ferro do Estado. Alçado ao comando do país por meio de um golpe militar, o então presidente Park Chung-hee (1963-1979) decidiu descartar as orientações americanas e investir o dinheiro na formação de grandes conglomerados controlados por um grupo restrito de famílias – os chamados chaebols (ou campeões nacionais).

Foram assim lançadas as bases para um amplo programa de desenvolvimento industrial, que tem em multinacionais como Samsung ou Hyundai alguns de seus principais expoentes – e que, segundo alguns especialistas, tem encorajado esquemas de corrupção.

Confira a reportagem completa

Fonte: BBC News
Data original de publicação: 16/02/2019

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